Num ritmo mais descontraído, o blogue estará de volta ao activo com novos posts em breve. Esperem novidades relacionadas com o mundo literário e muito mais. Passatempos, opiniões e as melhores novidades no mesmo espaço que todos já conhecem.
Até breve :)
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
terça-feira, 26 de março de 2013
Opinião - O Ladrão de Cadáveres de Patrícia Melo
Esta foi uma leitura bastante diferente do habitual. A maioria das minhas leituras é feita em Português europeu e este livro de Patrícia Melo é escrito em Português do Brasil o que dificultou bastante a leitura na medida em que são utilizadas várias expressões e termos que desconheço e que fazem parte do calão utilizado em algumas zonas do Brasil em particular. Contudo, com alguma pesquisa gradual à medida que fui avançando na leitura, essas dificuldades dissiparam-se e foi quando comecei a gostar particularmente do livro e o li de uma ponta à outra quase ininterruptamente.
O Ladrão de Cadáveres mostra-nos a história de um homem que tem a infelicidade de, tal como em tantas outras ocasiões, estar no local errado à hora errada. Este assiste ao despenhamento de um pequeno avião e rapidamente se lança para auxiliar o piloto que está gravemente ferido. Consegue ainda chegar à fala com ele mas os ferimentos acabam mesmo por ser demasiado graves e o piloto não resiste. Após ser a única testemunha deste acontecimento, o nosso protagonista apercebe-se de que pode lucrar com isso e assim se inicia uma aventura que tem tudo para correr bem e ao mesmo tempo, tudo para correr mal. Este início fulgurante dita o restante desenvolvimento do enredo e a autora não perde tempo e contextualiza imediatamente tudo que vai acontecer de seguida.
O design da capa (muito bem conseguido, como é apanágio da Quetzal) dá a entender à primeira vista que o livro será bastante violento, o que na verdade não acontece e a violência é pouca ou nenhuma. No entanto, apesar dessa falta de violência, o livro é muito intenso e deixa o leitor em constante sobressalto na expectativa do que irá acontecer com os protagonistas. A condição humana é um tema muito explorado e mostra a forma como somos capazes de fazer tudo para nos livrarmos de um problema e para retirar benefícios de alguma situação. A pessoa que achamos que somos pode em segundos mostrar-se bastante diferente e tudo depende das encruzilhadas em que embarcamos. Este é um livro de sentimentos fortes e também de relações interpessoais. A autora transmite a sensação de que não podemos confiar em qualquer pessoa e as pessoas em quem confiamos podem trair-nos em qualquer instante deixando-nos sozinhos num mundo que nos devora se não estivermos atentos.
Não é um grande livro mas é um livro que me agradou. Lê-se compulsivamente na medida em que os capítulos curtos e agitados tornam difícil a interrupção na leitura. O tema é bastante original assim como as personagens apesar de faltar alguma descrição das características físicas dos protagonistas para que seja mais fácil ao leitor se identificar com elas. Em suma, vale a pena dar uma oportunidade a esta autora e estar atento ao seu trabalho futuro.
domingo, 24 de março de 2013
sexta-feira, 22 de março de 2013
Opinião - O Ano Sabático de João Tordo
Este foi apenas, e infelizmente, o segundo livro que li de João Tordo. A outra leitura foi do livro O Bom Inverno que em nada se assemelha a este Ano Sabático. Ao contrário de Afonso Cruz, com João Tordo bastou a leitura das primeiras palavras para poder colocá-lo ao lado dos melhores autores contemporâneos portugueses.
A leitura deste livro revelou-se como uma experiência muito pessoal. Vários dos aspectos presentes nesta obra são autobiográficos e enquadrados com a experiência de vida real do autor. Exemplo disso é o facto de que no livro, a personagem principal, Hugo, ter uma irmã gémea e ter tido um terceiro gémeo que não conseguiu sobreviver ao pós-parto. Este é um acontecimento real que afectou João Tordo na sua infância. A esta relação com a vida real junta-se o facto de que ambos, João Tordo e a personagem Hugo tocarem o contrabaixo constituindo mais uma ligação entre a vida real e a ficção. A descrição dos sentimentos é muito pessoal e parece sair genuinamente do coração do autor de forma empírica e pessoal. Tenho lido em vários locais algumas opiniões de leitores que não conseguiram criar um laço com as personagens e com a obra devido exactamente a essa questão. Contudo, essa foi a principal razão pela qual eu me identifiquei com o livro porque de certa forma o autor dá-nos a possibilidade de conhecermos o interior dos seus pensamentos e aquilo que o atormentou e atormenta.
Esta história tem como protagonista Hugo, um tocador profissional de contrabaixo cujo sucesso e reconhecimento tarda em surgir. Alguns problemas pessoais ditaram com que Hugo decidisse fazer um ano sabático e voltasse para Portugal para junto da sua família. No entanto, a situação de Hugo e as decisões que foi tomando na sua vida apenas dificultaram o seu regresso a Portugal. Com alguns problemas de vida, Hugo parece ser incapaz de ultrapassar os obstáculos que surgem à sua frente e a sua condição deteriora-se a olhos vistos. Junta-se a isto um problema com a bebida que Hugo assume sem pudor. Todas estas dificuldades são complementadas com uma pessoa muito parecida consigo que surge na sua vida para o atormentar.
Essencialmente este é um livro acerca da música nos seus mais diversos estados e acerca dos seus significados. A forma como esta influencia a nossa vida e como, mesmo inconscientemente, nos guia e nos ajuda a ultrapassar, ou não, os problemas do nosso quotidiano. Os sentimentos que ela nos transmite estão patenteados nesta obra e vemo-la muitas vezes como causa de sofrimento aliado ao prazer que muitas vezes nos proporciona. Outro aspecto muito bem retratado pelo autor são os dois lados da vida de um artista - o artista bem sucedido e reconhecido e o artista underground que ainda assim tem muita qualidade como músico. O glamour que achamos existir neste mundo por vezes não se afigura assim tão glamoroso e a vida de estrela pode ainda assim revelar-se bastante solitária.
Uma ressalva para uma personagem secundária que surge pouquíssimas vezes mas que deixa qualquer leitor "derretido". O pequeno Mateus, sobrinho de Hugo que com as suas falas rápidas e infantilmente perspicazes complementa os diálogos de uma forma ingénua e propositada delineando um contorno acentuado entre dois mundos. Um barco-baixo, a irmã que se chama cataplana e o disco de seu nome Mateus Vai à Escola.
Em suma uma experiência muito agradável este novo livro de João Tordo. Não sendo uma obra prima, vale a pena a leitura para mergulharmos num mundo diferente que não estamos habituados a ver tratado.
Esta história tem como protagonista Hugo, um tocador profissional de contrabaixo cujo sucesso e reconhecimento tarda em surgir. Alguns problemas pessoais ditaram com que Hugo decidisse fazer um ano sabático e voltasse para Portugal para junto da sua família. No entanto, a situação de Hugo e as decisões que foi tomando na sua vida apenas dificultaram o seu regresso a Portugal. Com alguns problemas de vida, Hugo parece ser incapaz de ultrapassar os obstáculos que surgem à sua frente e a sua condição deteriora-se a olhos vistos. Junta-se a isto um problema com a bebida que Hugo assume sem pudor. Todas estas dificuldades são complementadas com uma pessoa muito parecida consigo que surge na sua vida para o atormentar.
Essencialmente este é um livro acerca da música nos seus mais diversos estados e acerca dos seus significados. A forma como esta influencia a nossa vida e como, mesmo inconscientemente, nos guia e nos ajuda a ultrapassar, ou não, os problemas do nosso quotidiano. Os sentimentos que ela nos transmite estão patenteados nesta obra e vemo-la muitas vezes como causa de sofrimento aliado ao prazer que muitas vezes nos proporciona. Outro aspecto muito bem retratado pelo autor são os dois lados da vida de um artista - o artista bem sucedido e reconhecido e o artista underground que ainda assim tem muita qualidade como músico. O glamour que achamos existir neste mundo por vezes não se afigura assim tão glamoroso e a vida de estrela pode ainda assim revelar-se bastante solitária.
Uma ressalva para uma personagem secundária que surge pouquíssimas vezes mas que deixa qualquer leitor "derretido". O pequeno Mateus, sobrinho de Hugo que com as suas falas rápidas e infantilmente perspicazes complementa os diálogos de uma forma ingénua e propositada delineando um contorno acentuado entre dois mundos. Um barco-baixo, a irmã que se chama cataplana e o disco de seu nome Mateus Vai à Escola.
Em suma uma experiência muito agradável este novo livro de João Tordo. Não sendo uma obra prima, vale a pena a leitura para mergulharmos num mundo diferente que não estamos habituados a ver tratado.
segunda-feira, 18 de março de 2013
Resultado Passatempo Branco de Afonso Silva
Peço desde ja desculpa pelo atraso no resultado do passatempo mas as passadas semanas têm sido bastante atribuladas e o tempo para o blog cada vez mais escasso. No entanto conto que em breve tudo volte ao normal e a actividade volte ao estado normal. Para vos recompensar, podem aguardar por um passatempo bombástico nos próximos dias com um livro muito recente e badalado! Mas sem mais demoras, aqui vai o resultado do passatempo:
Com o número 17, a felizarda é:
Filomena Beatriz Nascimento
Quanto aos restantes participantes, boa sorte para os próximos passatempos. Teremos novidades em breve!
Aquisições da Semana (16)
A rubrica desta semana poderia apenas chamar-se Aquisição da Semana na medida em que apenas um livro chegou às minhas prateleiras. No entanto, tendo em conta de que livro se trata, acho que foi ainda assim uma semana que valeu muito a pena. Com toda a gentileza do autor e da editora, este foi o livro que recebi:
E vocês amigos leitores, que livros tiveram o prazer de receber?
sexta-feira, 15 de março de 2013
Opinião - Jesus Cristo Bebia Cerveja de Afonso Cruz
É com alguma desilusão que vos apresento aqui a opinião à minha estreia nas leituras de Afonso Cruz. Após ler e ouvir opiniões muito favoráveis acerca deste autor e nomeadamente do livro A Boneca de Kokoschka, decidi embarcar nesta leitura. Talvez seja por ter criado demasiadas expectativas mas este livro não me convenceu. Não quer isto dizer que não gostei, porque gostei, mas sim que após esta leitura não posso ainda classificar Afonso Cruz como um dos grandes nomes a ter em conta na literatura Portuguesa contemporânea comparando-o a autores como José Luís Peixoto, João Tordo, Gonçalo M. Tavares ou Valter Hugo Mãe entre outros. Este livro prova que o autor ainda está a alguma distância mas que no entanto tem potencial para chegar a patamares mais altos.
Afonso Cruz apresenta-nos um leque de personagens ricas identificadas com a dureza e crueza da vida no campo. Rosa, personagem principal, é uma jovem mulher atraente segundo os cânones da época. O Sargento Oliveira é a imagem de um brutamontes que faz uso da sua influência e poder para maltratar e tomar controlo através da força física daqueles que o rodeiam. Borja é um culto professor que se apaixona por Rosa após um acidente em que embate contra um boi. Ari, o pastor, é mais um dos homens que nutre por Rosa uma forte paixão lutando contra os ciúmes que tem devido à aproximação de Borja. Rosa viveu uma infância atribulada com a morte do seu pai e o abandono da sua mãe. Sozinha, Rosa é obrigada a cuidar sozinha da sua avó cujo envelhecimento a vai tornando cada vez mais dependente da bondade da neta. Empenhada em cumprir os desejos da sua avó e em tornar a sua estada o mais prazerosa possível, Rosa decide cumprir um dos seus desejos mais antigo: viajar até à Terra Santa. Contudo, viajar até à Terra Santa é incomportável na medida em que os meios financeiro não são suficientes e a saúde da avó já não o permite. A solução que Rosa, juntamente com algumas outras personagens como Borja, encontra, é a de transformar uma pequena aldeia alentejana na Terra Santa para que a avó se sinta verdadeiramente abençoada. O desenvolvimento da história baseia-se maioritariamente sobre esta premissa e oscila entre ambientes e acontecimentos de muita comicidade e entre acontecimentos de bastante tristeza e degradação.
A ideia é muito original como é possível perceber mas a aplicação dessa mesma ideia nem tanto. Tudo parece desenrolar-se muito "a correr" e deixa um certo sabor agri-doce no leitor. Estava à espera da criação de um Universo bastante mais complexo e o que lemos é algo que parece bastante desleixado e com pouca inspiração. Não deixa de estar presente uma considerável criatividade literária que fomenta o leitor a seguir de perto este escritor mas penso que este livro tinha potencial para ser bastante mais. É no entanto uma leitura muito agradável que oferece poucos obstáculos ao leitor na medida em que o estilo do autor é bastante simples, com frase e parágrafos curtos de fácil compreensão.
Em suma, estarei atento à carreira deste autor e quero ler mais livros da sua autoria em breve. Apesar desta minha opinião poder soar bastante negativa, gostei do livro e recomendo a quem procura uma leitura leve e descontraída com momentos de humor muito bem conseguidos e uma sociedade humilde muito bem retratada.
segunda-feira, 11 de março de 2013
TOPSELLER: Segundo volume da série bestseller "Maximum Ride" já nas livrarias
Maximum Ride 2: Adeus à Escola. Aí está o n.º 2 da série bestseller internacional que, fruto das excelentes críticas ao primeiro volume lançado em novembro de 2012, já está a conquistar os leitores em Portugal.
O género Fantástico veio, definitivamente, para ficar, pois trata-se de um estilo que nos transporta para fora da nossa realidade, que nos faz sonhar. O sucesso de coleções como O Senhor dos Anéis, Harry Potter, Twilight, entre outras, são excelentes exemplos de como o Fantástico tem conquistado leitores de todas as idades.
A série Maximum Ride, com oito volumes publicados, rendeu grandes elogios a James Patterson, o autor que criou mais personagens inesquecíveis do que qualquer outro escritor da atualidade, e que soma o impressionante número de mais de 3,6 milhões de seguidores no Facebook.
James Patterson é o autor que mais livros teve até hoje no topo da lista de bestsellers do New York Times, figurando no Guinness World Records. Desde que o seu primeiro romance venceu o Edgar Award, em 1977, os seus livros venderam mais de 250 milhões de exemplares. Patterson escreveu diversos bestsellers de grande êxito, entre os quais estão Alex Cross, editado igualmente pela Topseller, Middle School(Escola) e I Funny (Eu Cómico), estas duas editadas pela Booksmile (ambas chancelas da 20I20 Editora).
A grande aposta em James Patterson, o autor mais bem-sucedido da atualidade, manter-se-á ao longo de 2013, com um total de 10 títulos, dividos entre novas séries e continuação das já editadas pela Topseller, e continuação dos sucessos infantojuvenis editados pela Booksmile.
domingo, 10 de março de 2013
Aquisições da Semana (15)
Esta semana foram 3 os livros que me chegaram às mãos. 2 deles provenientes da gentileza de 2 autores e outro através do site WinkingBooks (por essa ordem). As aquisições são as seguintes:
E vocês caros leitores e amigos, que livros receberam esta semana para enriquecer as vossas estantes?
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