Quando leio livros mais volumosos (diga-se acima de 400 páginas) tento fazer sempre um balanço a meio do livro para colocar as ideias em ordem e manter a concentração no que diz respeito à história. Começo por dizer que mais uma vez, Murakami não me desilude. A capacidade narrativa do autor é notável e é ainda mais notável a melodia poética das suas palavras. Costumo dizer que Murakami torna as coisas mais simples, simplórias até, as coisas mais banais, nas coisas mais belas. Nesta terceira parte de 1Q84, surge uma nova personagem, Ushikawa. Detective peculiar, os capítulos dedicados a este (os outros dedicados a Aomame e Tengo) adquirem um tom mais policial e "crimesco". Através de métodos peculiares mas dotados de extrema inteligência, Ushikawa investiga os dois protagonistas provenientes dos 2 volumes anteriores e prevê-se já um encerramento emocionante da trama. As peças encaixam-se pouco a pouco mas há ainda muito para ser explicado.Para já, muito curioso quanto ao desfecho daquela que é por muitos, a mais ambiciosa obra do autor até hoje.
Normalmente desconfio de autores altamente aclamados pela crítica e adorados por multidões mas desta vez rendi-me sem reservas após ler o seu primeiro livro. Hoje, após ter lido a quase totalidade da sua obra, mantenho-me rendido.
Normalmente desconfio de autores altamente aclamados pela crítica e adorados por multidões mas desta vez rendi-me sem reservas após ler o seu primeiro livro. Hoje, após ter lido a quase totalidade da sua obra, mantenho-me rendido.
Haruki Murakami é Haruki Murakami, único.
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