Este pequeno livro foi o primeiro que li de Joseph Conrad. Já há muito que queria ler algo deste tão conceituado e célebre autor mas apenas agora se afigurou a oportunidade para o fazer. Contudo, penso não ter começado pela sua melhor obra.
Juventude é uma pequena história de cerca de 60 páginas onde 5 amigos se reúnem para uma noite onde reinam o vinho e as memórias. Este grupo, composto pelo director de uma empresa, um guarda-livros, um advogado e o narrador que ouvem atentamente o relato que Marlow faz acerca da sua primeira experiência no mar. Marlow, dono e senhor dos seus 20 e poucos anos estava no auge da idade e da pujança física sentindo-se imbatível contra quaisquer contratempos. Contratempos esses que surgem aquando de uma viagem feita por Marlow e a restante tripulação de uma embarcação a Banguecoque. Nesta viagem é-nos mostrada a realidade das vivências de uma tripulação confinada a um reduzido espaço em condições adversas. Os alimentos escasseiam, a paciência também.
Em todo o livro sentimos uma atmosfera quase autobiográfica e isso deve-se ao facto de o próprio Joseph Conrad ter servido, de 1874 a 1894 na marinha mercante tendo navegado através dos diferentes mares do globo. Li que não só nesta obra mas também nas restantes é bem visível a influência que a vida marítima de Conrad teve na sua obra sendo muitas vezes o pano de fundo dos seus romances e contos.
A única coisa que li de Conrad foi o Coração das Trevas que é fantástico, embora não seja nada leve. Esse título não conhecia...
ResponderEliminarcumps
Era exactamente por esse que eu queria ter começado Sara mas infelizmente não foi possível.
EliminarBoas leituras! :)
Há mar em tudo o que li até hoje de Conrad (não foi assim tanto, verdade seja dita). O Coração das Trevas é excelente e sempre apontado como obra de referência do autor (está na origem de Apocalipse Now, por exemplo), mas eu preferi Nostromo. Tem tudo o que se encontra em O Coração das Trevas e tem ainda mais. Está na lista do que de melhor li até hoje.
ResponderEliminarConrad será, aliás, figura central de um dos próximos textos em Grama, pela sua história ímpar.
Boas leituras!
E eu estarei atento, como tenho sempre estado, a esse novo post no Grama :)
EliminarBoas leituras!