
Romeu e Julieta é um clássico de William Shakespeare que já vimos adaptado para todos os mais variados géneros e sobre os quais já foram escritas várias obras, ensaios e teses. Apesar de ser uma obra de curta extensão, há muito por onde escrever e dissertar na medida em que possui uma riqueza literária sem igual. Começando pela variedade de personagens que acabam todas por interagir entre si nos contextos mais originais e acabando no próprio enredo e linguagem que deixa qualquer leitor deliciado. À primeira vista, podemos considerar esta uma história de amor como qualquer outra mas é necessário reflectir acerca do espaço temporal em que esta foi escrita e no seu contexto.
A obra inicia-se com os lamentos de Romeu relativamente à irremediável e não correspondida paixão por Rosalina. Os amigos de Romeu, incomodados com tamanha tristeza oferecem-lhe conselhos para frequentar locais onde as mais belas mulheres lhe fariam esquecer aquela impossível paixão. Não foi necessária muita procura porque o relutante Romeu rapidamente vislumbra uma beleza que não mais lhe sairia do coração: Julieta. Uma paixão instantânea cresce dentro dos nossos protagonistas fazendo simultaneamente crescer um obstáculo que se lhes impõe: Julieta é filha dos Capuletos; Romeu é filho dos Montecchio. Duas famílias rivais cujo ódio se mantém por várias gerações e que será vital no desenrolar e desfecho da obra. No entanto, este não é o único entrave e a relação entre ambos mostra-se atribulada. À revelia de Julieta, o seu pai planeia o casamento com Páris. Do outro lado, Romeu luta contra tudo isto nunca perdendo de vista o olhar da sua amada e futura esposa Julieta e contando com alguns aliados que pelo sucesso deste casal estão dispostos a tudo, até aos planos mais elaborados. Mesmo sabendo já o desfecho desta história, torcemos para que no fim, fiquem juntos. O desfecho é trágico. A morte. A separação. Mas no final, a união.
Esta obra é o expoente máximo do que a palavra amor pode representar. Puro. Cru. Nem sempre feliz.
Eu não deixo escapar os clássicos. este é incontornável.
ResponderEliminarEstou 100% de acordo :)
EliminarBoas leituras!